27 maio, 2011

A JUSTIÇA TARDA MAS NÃO FALHA. JAMAIS!!!


Chute o rancor para a arquibancada.

SE O RANCOR ENTRASSE EM CAMPO SÓ HAVERIA BOLA DIVIDIDA.

Comecei cedo na gestão do esporte, profissionalmente falando foi aos 21 anos, com muito suor e trabalho rapidamente consegui realizar grandes façanhas, ainda jovem consegui quebrar récorde de adesões em eventos esportivos de esporte amador em Curitiba, o negócio cresceu rapidamente e fatalmente fomentou o mercado, que acabou prostituído por novos aventureiros no segmento.

Durante alguns anos a luta foi dura contra as dificuldades de concorrer contra os meus próprios fornecedores (donos de quadra de grama sintética), sempre procurei soluções para este problema e a minha principal forma de trabalhar foi fazendo com que eles se tornassem aliados, durante algum tempo funcionou, era duro, o fornecedor sempre pensou que não precisava de mim como cliente, já que ele poderia abocanhar diretamente os meus clientes. Não demorou e foi o que aconteceu, um dia acordei sem fornecedor e logo em seguida fui perdendo os meus clientes. Fiz o que pude para manter o negócio, mas era muito difícil para um universitário, com família de classe média lutar em um mercado novo e com muita gente grande querendo se apropriar. Foi neste período que conheci o fundo do poço, dívidas, portas fechadas, desespero e o pior, assistindo as minhas idéias sendo desenvolvidas pelos concorrentes, empresários relativamente bem sucedidos, endinheirados e muito mais estruturados.

Nunca desanimei, sempre continuei acreditando e procurando alternativas criativas para reinventar o meu próprio negócio e se não fosse os meus ex-fornecedores, talvez eu não tivésse dado um passo adiante naquele momento. Este passo me levou a outro, e a outro, enquanto isso a concorrência seguiu com toda a minha ex-clientela oferecendo o mesmo serviço que eu oferecia inicialmente, a minha sorte foi eles imaginarem que ainda estávamos concorrendo e que eu ainda estava em busca daquilo que havia perdido.

Existem momentos que para corrermos atrás do prejuízo não é necessário visar aquilo que perdemos, mas sim aquilo que ainda não conquistamos e desta forma dar um salto a um ponto que nunca ninguém havia alcançado ou sequer almejado, foi pensando desta maneira que reuni todos os meus esforços, que me dediquei de corpo e alma a desenhar um novo caminho para os meus empreendimentos e para a minha paixão, a gestão do esporte.

Absolutamente tudo que fiz durante muitos anos de minha vida nesta empreitada, foi sem nenhum rancor, sem espírito de vingança, muito pelo contrário, para mim foi um novo desafio, entre tantos outros paralelos que enfrentei, mas que não vou citar neste texto. Eu sabia que tinha capacidade para chegar exatamente aonde eu queria.

Hoje os meus ex-fornecedores, os empresários que me deram um chega pra lá, estavam estagnados, com o produto ultrapassado, vendo que o barco deles "neste negócio" estaria para afundar e que para saírem do lugar eles precisavam admitir que eu estava um passo a frente, publicamente talvez isso nunca seja dito ou admitido por eles, eu também não faço questão nenhuma que passem por tal constrangimento, me satisfaço apenas dando este depoimento e em saber que para que a barca deles não afudasse dependeriam de mim, do meu perdão, da minha compreensão e de que eu colocasse em prática o valores que aprendi com os meus pais dentro de casa.

Sim, eles foram perdoados, inclusive pensando unicamente nos interesses do esporte, muito maiores do que os meus e os deles, os convidei a abandonarem a canoa furada e embarcarem junto comigo, todos juntos e unidos em busca de novos mares. Como eles não são tão bobos, aceitaram de imediato.

A sorte deles é que eu não ajo como eles e a minha sorte é que eles não agem como eu.

A justiça tarda, mas não falha.

E segue o jogo.